Eu ando no vazio da multidão,
Procurando a mim mesmo entre latas,
Entulhos, garrafas, caixas de papelão
Doces aromas vindos da sala
entre idas e vindas da escuridão
Lágrimas em devaneio por brisas
distantes ,
Entre semáforos fechados ao redor de
ti
Se perdem em madrugadas
de pensamentos errantes
Como andarilhos descalços buscando o que vi
Tudo em mim ecoa em respiros ofegantes
Por inveja dos passos que desnudam um por vir
Vejo silêncios incomodarem em doçura agonizante
Mãos tremulas que buscam mais um café
Certezas fibrilam no
badalar do relógio tocante
Um sol que surge sem calor e sem fé,
E por tudo me falta, parte da alma
que sobra
por uma lembrança de criança malfadada sorri
o toque de esperança de uma tristeza
que cobra,
no limiar da existência percebendo, envelheci
no limiar da existência percebendo, envelheci
Abandono a juventude com um
sorriso no rosto,
Ouvindo o som de um violão num bailar facundo
Acelero nas curvas no final da tarde
por gosto
Apenas para sentir a imortalidade
daquele segundo
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