Bem vindos a Infâmia.

Surgido da necessidade pessoal ou de uma compulsão não explicada, esse é um espaço reservado a todos que queiram dividir seus textos com o público (ou não). Apenas um local de expressão pseudo literária.

domingo, 20 de julho de 2014

POEMA SOBRE O TEMPO



Vejo velho vento de minha sacada
Brisa gelada de um prenúncio ruim
Calafrio sombrio de minha´lma cansada
Noite´scura que chega na tarde sem fim

Olhos correndo sobre os riscos espalha
Ao som ritmado de estampidos assim
Vidros tremendo que o vento chacoalha
Urina do cão que respinga em mim

O tempo esfria e o meu ódio fornalha
Ribombar dos trovões e um clarão Serafim
Gelo que queima e meu coração se espalha
Destruindo meus sonhos e cobrindo o Jardim

Tempo que pesa em minhas costas armada
Cicatrizes eternas que cheiram a jasmim
Nuvens se abrem e o mau agouro se amarga
Gordo Velho maldito de alma chinfrim

Nevoeiro se estende aos meus pés em mortalha
Meus olhos endurecem sem pena de mim
Horizonte bravio que me corta em navalha

Meus punhos em riste prontos no fim.