Entre tantos anseios
Caminhos do meio
Andava entre portas abertas
Por breves devaneios
Em ruas úmidas da madrugada
Com o cheiro bom do vinho
Nesse caminhar dolente
Um olhar distante
Um sorriso atraente
Uma alma calcinante
Sonho inquietante de quem
Sempre será errante
Na escuridão de seu rosto
Me perco em devaneios
Pois entre palavras e sonhos
Se escondia um soneto
Das flores de abril me restam um olhar
Blues na vitrola, dois uísques no bar
Esse vaso febril que encanta a maré
Com ternura áspera reconhece quem é
Numa dança de roda me faz juvenil
Ganhando aos poucos esse lindo ardil
mil rosas atendem ao chamado então,
em chamas, enfrente, abre mais um botão
O respirar reticente que atravessa o olhar
Por prazer, plenitude me fecho então
Tua alma resplandecente, indica o lugar
Seu toque navega em um som violão
Beijo cálido se perde em correnteza ao luar
Sem medo ou angústias no caminhar do sertão
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